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Construtoras do ES buscam novas tecnologias para obras mais rápidas, econômicas e sustentáveis
 
17.09.2025   A Gazeta
Notícia - Imprensa

O mercado imobiliário está cada vez mais impulsionado pelas demandas do consumidor e seus hábitos, afirma o vice-presidente de Incorporação da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Breno Peixoto. "Há uma expectativa grande por experiências digitais aliadas à sustentabilidade, com foco tanto no pré quanto no pós-venda", avalia.

Para ele, pensar no futuro é parte do presente na hora de criar um projeto, o que tem se intensificado pelo uso cada vez mais presente da inteligência artificial (IA) no dia a dia.

E nesse cenário entram também novas formas construtivas. Segundo o presidente do Instituto de Avaliações e Perícias de Engenharia do Espírito Santo (Ibape-ES) e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), Lucio Bastos, a construção no Brasil tem caminhado a passos largos nas inovações do setor, com os principais objetivos de sustentabilidade e eficiência, permitindo construir mais rápido e com menor custo.

"Um ótimo exemplo de inovação são as construções a seco, mais limpas, rápidas e eficientes, substituindo materiais e processos tradicionais por soluções industrializadas e sustentáveis", acrescenta. Esse tipo de obra reduz a adoção de métodos tradicionais que utilizam água em grande quantidade, como a alvenaria convencional (cimento, areia, tijolo, argamassa etc.).

"As ferramentas de BIM (Building Information Modelling, ou Modelagem da Informação da Construção), impressão 3D e drones, alinhadas a realidade aumentada, materiais sustentáveis, robótica, automação e inteligência artificial, permitem planejar, projetar, construir e gerenciar edificações de forma integrada e digital, reduzindo prazos e custos e aumentando a eficiência", diz.

Um exemplo é a construção modular que nasceu em função de algumas "dores" da obra, entre elas a dificuldade de mão de obra, segundo afirma o presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do Espírito Santo (Asbea-ES), Heliomar Venâncio.

"Esse tipo de construção tem baixo desperdício, pois a obra é planejada e tudo é feito por meio de encaixe, dentro de uma "fábrica" e levado diretamente para o canteiro de obras com quase tudo pronto. As sobras e o gasto de material são muito reduzidos nesse formato", conta.

Ele explica que, atualmente, esse tipo de tecnologia permite a construção de até seis pavimentos. "Não desenvolvemos mais alto do que isso, porque a demanda por construções horizontais é muito grande.

Atualmente, são produzidos 100 módulos por mês, totalizando 15 mil metros quadrados mensais. É uma transformação que o mercado tem definido. A tecnologia já chegou mais próxima da gente", afirma. Para o presidente do Ibape-ES, o futuro da construção será cada vez mais digital, sustentável, automatizado e integrado.

"As inovações têm contribuído, principalmente, para a eficiência e menores custos de construção, além de maior precisão e redução de retrabalhos. Têm contribuído também para menor impacto ambiental, como o uso cada vez mais frequente de energia limpa, reaproveitamento de água e materiais reciclados", destaca.

Em março, uma comitiva do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES) realizou uma visita com empresários do setor à China e também a Dubai. Na missão, os participantes conheceram a CISDI, uma das principais empresas chinesas de engenharia, especializada em soluções para a indústria da construção e do aço.

O diretor do Sinduscon-ES Wellington Pesca esteve presente na missão e, para ele, um dos diferenciais marcantes com relação à construção civil no Brasil é o nível de industrialização, integração tecnológica, produtividade e sustentabilidade.

"A adoção das tecnologias e métodos observados na China traria uma série de vantagens estruturais para o setor da construção civil no Brasil, com impactos diretos na produtividade, qualidade, sustentabilidade e competitividade do segmento. O impacto seria transformador, o setor ganharia mais eficiência, qualidade e sustentabilidade, com reflexos positivos na economia, no meio ambiente e na sociedade como um todo", afirma.

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