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As cidades e os bairros que mais vão receber novos imóveis no ES
 
28.09.2025   A GAZETA ONLINE
Notícia - Imprensa

Da praia às montanhas, o Espírito Santo vive um momento de crescimento econômico e urbano. Com investimentos de empresas nacionais e internacionais, infraestrutura em expansão e qualidade de vida cada vez mais valorizada, o mercado imobiliário capixaba se diversifica, buscando novas áreas para a construção de empreendimentos em diferentes segmentos.

Todo esse potencial é confirmado com números. No momento, o Espírito Santo tem R$ 137,6 bilhões em investimentos anunciados até o ano de 2029, o maior valor de toda a série histórica desde 2000, de acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Desse valor, a construção civil concentra 38,17% dos aportes, que estão divididos em 490 projetos de empreendimentos, reformas e melhorias urbanas e rurais em todas as regiões do Estado.

Além disso, no 2º trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) estadual avançou em 2,3% em relação ao trimestre anterior, superando o desempenho nacional, que ficou em 0,4%. Em meio a um estável panorama econômico, o crescimento urbano surge como um caminho natural e levanta a questão: para onde o Estado irá continuar crescendo?

Neste cenário, Vila Velha segue como a maior aposta do mercado imobiliário capixaba. Se nos últimos quatro anos o município canela-verde registrou um crescimento de 102,11% no valor médio do metro quadrado, saltando de de R$ 6.564,75, em 2020, para R$ 13.267,75, em 2024, segundo os dados do último Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), fatores como o surgimento de bairros com condomínios e uma boa malha viária prometem consolidar o município como polo de empreendimentos verticais e horizontais.

"A maior aposta de crescimento continua sendo Vila Velha, principalmente na parte costeira e nos entornos da Darly Santos e da Leste-Oeste, em que novos bairros serão construídos. A cidade vai continuar sendo o ponto mais alto do mercado imobiliário, tanto em empreendimentos verticais quanto em loteamentos e condomínios de médio e alto padrão", avalia Eduardo Borges, diretor do Sinduscon-ES.

O diretor pontua que a infraestrutura do município também dá suporte para esse crescimento, com obras como a construção de uma passagem subterrânea no bairro Jockey de Itaparica e nova alça de acesso da Darly Santos para a Rodovia do Sol. "Tudo isso facilita a mobilidade na região, o que atrai o desenvolvimento imobiliário", completa.

Vitória também mantém sua relevância, com Jardim Camburi em destaque. "É o bairro que mais cresce nos últimos anos, por ainda ter áreas para construir, pela sua infraestrutura muito boa e pela qualidade de vida", observa Jordão Silva, corretor de imóveis e representante do Creci/ES.

Bairros como Santa Lúcia, Bento Ferreira, Monte Belo, Praia do Suá e os entornos da Reta da Penha e da avenida Leitão da Silva também são apontados pelo especialista como localidades que comportam mais empreendimentos na Capital.

Enquanto isso, a Serra se beneficia de obras viárias como a duplicação da ES-010 e o contorno de Jacaraípe. "Toda essa infraestrutura atrai o desenvolvimento imobiliário, inicialmente com loteamentos e empreendimentos horizontais, mas também verticais, principalmente próximos à orla", completa Borges.

A Região Serrana e o Caparaó se consolidam como destinos tanto de primeira quanto de segunda moradia para as famílias e também aposentados em busca de clima ameno, boa gastronomia e contato com a natureza.

"Domingos Martins e Pedra Azul são destinos até um tanto quanto óbvios, mas vemos despontar a região do Caparaó, com empreendimentos bastante segmentados", conta Juarez Soares, especialista e empreendedor do mercado imobiliário.

Quando se fala em litoral, Guarapari mantém seu tradicional apelo turístico e se transforma com condomínios de lotes e casas de luxo, além de novos empreendimentos em Buenos Aires, onde estão em construção um shopping, restaurantes e chácaras. Anchieta, com destaque para o balneário de Iriri, também está vivenciando um momento de aquecimento no mercado imobiliário potencializado pelas atividades industriais, como a volta das operações da Samarco.

Mais ao Sul do Estado, a região portuária de Presidente Kennedy desponta como aposta estratégica, com a construção do Porto Central em andamento. "A cidade vai receber um dos maiores investimentos do Espírito Santo e muitas empresas já estão em busca de áreas para suas instalações", projeta Jordão Silva.

O desenvolvimento da indústria capixaba se prova como um dos fatores que mais impulsiona o setor da construção. Um exemplo é o novo Parklog/ES, que integra portos, ferrovia, rodovia e Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e promete transformar a dinâmica dos municípios de Ibiraçu, Fundão, Sooretama, Aracruz, Linhares, Colatina, João Neiva e Serra.

"Esse arranjo logístico deve criar novamente um impacto muito positivo da Serra para cima. Nessa região, devem acontecer muitas construções de galpões e empreendimentos industriais, com mercado já em franca consolidação em Aracruz, Linhares e até São Mateus", afirma Alexandre Schubert, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES).

No município de Linhares, por exemplo, o desenvolvimento também é impulsionado pelos setores de agronegócio e atração de empresas nacionais. "Empresas de grande porte, como a Cacau Show, têm investido na região, ampliando as oportunidades de emprego e valorizando os imóveis locais, o que atrai a demanda por imóveis de alto padrão e o crescimento da verticalização", comenta Silva.

Esse crescimento se deve, justamente, à descentralização e à segmentação dos investimentos estaduais. "Antes, o mercado era restrito à Grande Vitória. Hoje, temos pontos de desenvolvimento de Norte a Sul do Estado, com produtos diversos, como loteamentos, condomínios fechados e incorporação, o que atende públicos diferentes", explica o consultor imobiliário Juarez Soares.

Essa diversificação atende tanto à busca por segunda residência, nas montanhas e no litoral, quanto à demanda por moradia principal nas cidades. Entretanto, o grande gargalo segue sendo o financiamento, especialmente para a classe média. "Existe demanda forte, mas com essas taxas de juros a gente não consegue entregar financiamento. O econômico é subsidiado e a classe alta dispensa crédito, mas a classe média sofre", observa Schubert.

No fim, o futuro do mercado imobiliário capixaba está diretamente conectado ao desempenho econômico estadual. Investimentos em infraestrutura, expansão portuária, turismo e qualidade de vida criam bases sólidas para a valorização do setor.

"O mercado imobiliário é consequência das atividades econômicas. Ele, por si só, não existe. Ele vem a reboque da economia", resume Schubert.

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