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Bairros com poucos terrenos disponíveis atraem investidores em Vitória
10.02.2016   A Gazeta
Notícia - Imprensa
No coração da Praia do Canto, em Vitória, um empreendimento imobiliário mostra uma velocidade de vendas atípica para o momento da economia. Com quase 70% das unidades comercializadas, o condomínio JL 67, que leva as iniciais de uma das ruas mais nobres do bairro, a Joaquim Lírio, tornou-se um chamariz de investidores.

O preço do metro quadrado é salgado. Está na faixa de R$ 11 mil. Mas os compradores não estão preocupados com o valor a ser aplicado no negócio, mas sim no que vão lucrar com uma possível valorização.

Assim como esse prédio, outros empreendimentos localizados em terrenos raros se transformaram em um novo nicho de mercado e estão movimentando os negócios na construção civil, um dos setores mais afetados pela atual crise financeira do país. A possibilidade de um esgotamento de áreas para novos projetos atrai investidores e reduz o temor das construtoras em apostar em obras de grande porte nesta época de recessão.

“Temos apenas 16 unidades, das 42 que colocamos à venda. Acredito que o interesse vai além das características do prédio, que é alto padrão. O principal fator é o endereço”, explica o diretor de incorporação da Mazzini Gomes, Luiz Cláudio Mazzini Gomes, que vê o mesmo acontecer em outro condomínio residencial e comercial na Mata da Praia.

O processo de extinção de terrenos pelo qual passa a Praia do Canto e a Mata da Praia tem feito com que outros bairros, como Manguinhos, na Serra, e Praia da Costa, em Vila Velha, também sejam as regiões queridinhas dos investidores.

Recém-lançado, o conjunto de casas Manoá Villas, da Pacífico Construções, em Manguinhos, tem conseguido acelerar as vendas apesar da retração imobiliária vivida na Serra, município onde há bastante estoque de unidades prontas ou em construção ainda não negociadas.

“O diferencial é que o empreendimento está de frente para o mar e ao lado de uma reserva ambiental. São casas de três e quatro quartos que obedecem aos critérios estabelecidos para o bairro. Não há outros projetos semelhantes a esse”, analisa o dono da Neto Imóveis, Alípio Neto, responsável pelas vendas das unidades.

O presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Aristóteles Passos Costa Neto, diz que é precipitado dizer que o mercado imobiliário está reagindo após os últimos anos de baixa. “Alguns produtos são bem aceitos por representarem um bom investimento já que estão em terrenos únicos. Os compradores fazem apenas uma reserva de valor”, analisa.

Ainda que num ritmo mais lento, explica o empresário Sandro Carlesso, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), em outras localidades, não tão disputadas, as vendas continuam acontecer. “As unidades bem localizadas têm saído mais, porém, independente disso, a gente percebe que há uma procura para todos os tipos de imóveis. As pessoas estão apenas demorando a tomar a decisão de efetivar o negócio”, analisa.

Veja o preço médio:
Praia do Canto - R$ 6.514
É o preço médio do metro quadrado no bairro. Mas há unidades com o preço acima de R$ 11 mil.
Mata da Praia - R$ 7.423
É o preço médio do metro quadrado dos imóveis à venda no bairro. A região chega a ter unidades de R$ 13 mil o metro quadrado.
Manguinhos - R$ 3.248
Preço médio do metro quadrado na região para apartamentos. Para casas, o valor supera os R$ 4 mil.
Praia da Costa - R$ 4,8 mil
É o preço médio do metro quadrado na região.
Fonte: Índice Fip Zap
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