Ao concluir a nona edição anual da Pesquisa de Previsão de Lançamentos imobiliários, o Sinduscon-ES, que é o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado, constatou que 70% das empresas pretendem lançar mais imóveis neste ano do que no ano anterior, que foi o de 2021.
A pesquisa, realizada no primeiro trimestre deste ano, ouviu empresários e executivos das 20 incorporadoras com maior quantidade de imóveis em produção na Região Metropolitana da Grande Vitória, que representam aproximadamente 80% do total.
Os resultados apurados revelam que, pelo quinto ano consecutivo, ou seja, desde 2018, a maioria das empresas (70% nesta edição) informaram que pretendem lançar mais imóveis do que ano anterior, do que se pode interpretar que vem havendo um otimismo crescente neste período.
O aumento da previsão de lançamentos residenciais, em comparação a 2021, ocorre em todos os municípios da Grande Vitória, com exceção de Vila Velha. No caso de Vitória e Cariacica, a previsão é a maior desde o início da série histórica, em 2014. Vila Velha é o município com maior previsão de unidades residenciais a serem lançadas, seguido por Vitória, Serra, Cariacica e Guarapari.
Não há previsão de lançamentos para Viana e Fundão.
A previsão de lançamentos residenciais para 2022 é a terceira maior da série histórica, perdendo apenas para 2018 e 2019 (o pico).
A previsão de lançamentos de imóveis dentro do programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida), que já foi maior em edições anteriores da pesquisas, agora está abaixo dos demais segmentos. De acordo com as empresas que participaram do levantamento, as opções do programa habitacional correspondem a 42% do total das novas unidades previstas.
A pesquisa também averiguou junto às empresas quais são os maiores entraves para aumento de lançamentos imobiliários. Em Vitória, novamente em primeiro lugar - há várias edições -, é apontada a escassez de terrenos. Em segundo lugar, considera-se que o Plano Diretor Urbano (PDU) é muito restritivo. Em terceiro lugar, empatam cenário de instabilidade política nacional e burocracia da Secretaria de Patrimônio da União – SPU nas questões de terrenos de marinha.
Já no município de Vila Velha, em primeiro lugar aparece a burocracia para licenciamento na prefeitura como principal entrave. Em segundo lugar, cenário de instabilidade política nacional. Em terceiro lugar, empatam a carga tributária relacionada à prefeitura e aos cartórios de registro de imóveis.
Eduardo Borges é empresário e diretor do Sinduscon-ES
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