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CBIC lança manual de relacionamento com o setor público para as construtoras
 
12.05.2016   
Notícia - Sinduscon
Reunidos em Foz do Iguaçu, no Paraná, no 88o Encontro Nacional da Indústria da Construção, empresários do setor anunciaram um conjunto de medidas que será encampado pelas empresas vinculadas à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em defesa da ética no relacionamento com o poder público.
Segundo o presidente da entidade, José Carlos Martins, a CBIC sempre esteve comprometida com a ética nas relações empresariais. “Encaramos de frente esse tema, com coragem, apoiados pela história da CBIC, onde este valor sempre foi básico. Alguns não seguiram o que recomendamos e hoje pagam o preço”, destacou o presidente durante abertura do evento, nesta quarta-feira (11) à noite. “Não podemos permitir que fatos deste tipo se repitam e, para isso, iniciamos uma grande campanha de conscientização e busca de instrumentos que esvaziem esta chaga do País”, completou.
Além do Guia de Compliance, a CBIC destacou outros documentos que servirão de apoio para as empresas, como uma leitura da lei anticorrupção, manuais de ética concorrencial e de avaliação de risco e a atualização do código de ética da entidade. No dia 15 de junho, a CBIC dará início a um ciclo de debates com órgãos ligados ao tema como Ministério Público Federal (MPF); o Tribunal de Contas da União (TCU); a Associação dos Juízes Federais (AJUFE); a Controladoria-Geral da União (CGU) para discutir formas de eliminar focos de corrupção e criar uma mobilização nacional.
Martins disse que além de contratos leoninos, projetos mal executados, atrasos de pagamento por parte do setor público, falta de transparência nas licitações estarão em discussão porque são apontados como os principais problemas pelas empresas. “A construção civil está sintonizada com as mudanças pelas quais passa o Brasil e dará sua contribuição com a firmeza que caracteriza sua atuação. E reafirmará seus valores fundamentais, reforçando os atributos que fazem a grandeza desse setor”, afirmou José Carlos.
Reformas
Também estiveram no foco dos discursos de abertura do 88o ENIC, a falta de capacidade de investimento do governo, o descontrole das contas públicas, as reformas trabalhista e previdência e a necessidade de resgatar a confiança do brasileiro para que a economia volte a crescer. “Na área trabalhista, os acordos negociados devem ter força de lei. A vontade soberana das partes deve prevalecer”, destacou o presidente da CBIC.
O encontro acontece num momento de completa mudança no país, com a votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff. De acordo com Martins, a CBIC e suas associadas "apoiarão todo esforço empreendido para enfrentar o que for preciso, por mais desafiador que seja para o conjunto da sociedade". O recado já foi diretamente transmitido ao vice-presidente Michel Temer, que deverá assumir esta semana o comando do país, se o Senado Federal confirmar a abertura do processo de impeachment da presidente. “A força do nosso setor está e sempre estará à disposição do Brasil”.
Impeachment
O afastamento da presidente da República também foi citado por autoridades presentes à solenidade de abertura do Enic, como o governador do Paraná, Beto Richa. “Dia D de uma decisão que prenuncia mudanças na vida de todos os brasileiros. É prematuro fazer quaisquer diagnósticos sobre o futuro mais próximo, mas todos concordamos que a mudança é mais que necessária e se tornou imprescindível para a retomada do crescimento econômico e da estabilidade política e institucional”, discursou o governador.
O presidente da CBIC explicou ainda que os associados da entidade apoiam propostas legislativas que diminuam o engessamento do orçamento e bloqueiem novas despesas ou o acréscimo às existentes, quando for registrado deficit. “O investimento tem que voltar a ser prioridade. O momento exige reavaliar despesas obrigatórias que não mais atendem às demandas estratégicas do país e enfrentar o aparelhamento instalado no Estado brasileiro nos últimos anos”, ressaltou Martins.
Para retomada dos investimentos, a CBIC defende as parcerias entre os setores público e privado (PPPs). Através deste modele, acredita-se que “o Brasil pode readquirir capacidade de investimento; impedir o inchaço da máquina pública e, principalmente, entregar serviços de melhor qualidade e fiscalizados pela sociedade”.
O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que representou o presidente da Confederação da Indústria (CNI), Robson de Andrade, ressaltou que o “setor da construção civil é um dos mais impactados pela crise e os números por si só falam”. O presidente da Fiep também defendeu mudanças, afirmando que “não existem atalhos ou soluções mágicas para o país sair da crise”.
Na mesma linha, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná (Sinduscon-Paraná Oeste), Edson de Vasconcelos, destacou que o setor da construção deve se aliar à sustentabilidade e à ética. “A palavra meritocracia não pode ser vilã em um país que quer ser destaque no cenário internacional. Nessa perspectiva, manifestamos nosso apoio às mudanças necessárias e de não compactuar com o mal feito no trato da coisa público. Temos que voltar a apostar em quem produz e enaltecer quem trabalha”, completou.
Também estiveram presentes à solenidade de abertura do 88º. Enic, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, a vice-prefeita de Foz do Iguaçu, Ivone Barofaldi, o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Paulo Gálli, o deputado estadual, José Carlos Schiavinato, que representou o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano, o Conselheiro da Câmara de Construção Paraguaia e Diretor de infraestrutura na reforma da Segurança Social, Gustavo Mázi, e o presidente do Foro Brasil-Paraguai, Junio Dantas.
O evento, que acontece anualmente, neste ano é resultado da parceria entre a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná (Sinduscon-Paraná/Oeste). Os patrocinadores são o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaipu Binacional, Sistema Fiep/Sesi/Senai, Pasi, Crea-PR, Copel/Governo do Estado, Sanepar, Votorantin Cimentos, Mútua e Fomento Paraná.
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