Às vésperas das medidas de isolamento da Covid-19, a Comissão de Economia e Estatística do Sinduscon-ES concluiu a 6ª edição da pesquisa anual de previsão de lançamentos e entraves ao desenvolvimento imobiliário na Grande Vitória, cujos respondentes foram empresários e executivos das 20 incorporadoras/desenvolvedoras com maior quantidade de unidades em produção no fechamento de 2019. Como de costume, vamos apresentar os dados relativos aos entraves.

Perguntados sobre quais eram os principais entraves ao desenvolvimento imobiliário em cada uma das cidades da Grande Vitória, com 20 alternativas (sendo uma livre), as respostas foram aproximadamente as mesmas que no início do ano passado.

Em Vitória destacou-se, em ordem:

1) em primeiro lugar a escassez de terrenos;
2) seguido em empate triplo de duas questões de gestão municipal, o plano diretor muito restritivo (que acaba agravando a escassez de terrenos) e a insegurança em projetos que demandam Estudos de Impacto de Vizinhança, e burocracia na SPU (ente gestor dos terrenos de marinha);
3) Em terceiro lugar, empate na reclamação de custos com os terrenos de marinha e com cartórios de registro de imóveis*.

Em Vila Velha, houve um empate quíntuplo dos principais entraves na 1ª colocação:
- novamente a questão das margens de lucro reduzidas, devido a preços de venda baixos em
relação aos custos de produção;
- duas questões de gestão municipal, o plano diretor restritivo e sua insegurança jurídica,;
- e duas questões dos cartórios de registro de imóveis*, os custos e a burocracia.
*cuja tabela de valores de imóveis está defasada há 19 anos, mas as taxas cartorárias são
religiosamente corrigidas anualmente.

Sendo assim, ainda que o momento atual modifique severamente o plano de investimentos, tais entraves devem ser minimizados por aqueles que tiverem poder para tal, servindo ainda de informação para as equipes de candidatos das disputas municipais deste ano.