Empresas apontam obstáculos que impedem mais lançamentos na Grande Vitória
Por Gustavo Costa
Forte na geração de oportunidades e renda para os capixabas, o setor da Construção Civil poderia ser ainda mais produtivo em um cenário com menos burocracia, mais terrenos e mais flexibilidade dos Planos Diretores dos municípios. É o que aponta a 42ª edição do Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-ES), divulgada nesta quinta-feira (29).
Segundo respostas enviadas por 20 construtoras com mais empreendimentos na Grande Vitória, como Morar, MRV, Argo e Galwan, os desafios são parecidos, mudando a ordem de um ou outro obstáculo, sobretudo na capital e em Vila Velha.
Em Vitória, a escassez de terrenos é o principal entrave; seguido de Plano Diretor muito restritivo; ineficiência ou burocracia da prefeitura para aprovações e licenças; altas despesas com cartórios de registros de imóveis; e ineficiência ou burocracia dos cartórios de registros de imóveis.
Já em Vila Velha, a burocracia da prefeitura para aprovações e licenças é o maior gargalo apontado pelas empresas. Completam a lista: a falta de terrenos, burocracia dos cartórios, altas despesas com cartórios e PDM muito restrito.
Na Serra, Cariacica e Viana, por outro lado, o levantamento apontou que a principal razão para haver mais lançamentos é uma decisão estratégica, causada, principalmente, pela percepção de que o retorno não seria tão interessante, ou até mesmo inviável.
"Temos muitos lançamentos acontecendo em Vitória e Vila Velha, que, principalmente quando se fala na construção de imóveis de alto padrão, são os principais alvos das construtoras. No resto da Grande Vitória o perfil muda, até pelo Plano Diretor desses municípios. Na Serra, por exemplo, não permite a verticalização em pontos que seriam muito valorizados", explicou Eduardo Borges, diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-ES.
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