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Onde estão os líderes?
 
22.02.2015   A Gazeta
Notícia - Imprensa

O Brasil é um país que atravessa muitas crises. Vivenciamos novos e já conhecidos conflitos, sempre aliados à falta de regras e de uma legislação clara. Refletindo sobre esse cenário atual, concluo que no momento, um dos nossos maiores problemas é a falta de liderança.

Estamos totalmente órfãos de líderes, seja na sociedade civil organizada, na política e no meio empresarial. A nossa crise de liderança é geral e reflete no nosso dia a dia. Convivemos com o aumento absurdo da violência, da corrupção, da impunidade e do medo.

De que nos vale o título de país mais empreendedor do G20 se não temos eficiência na gestão pública e nem segurança jurídica para realizarmos nossos investimentos. De que nos vale o enorme potencial de crescimento se não temos incentivos e parcerias saudáveis entre os setores público e privado para viabilizar projetos.

Não há desperdício só de água e energia no Brasil. Desperdiçamos também oportunidades. Oportunidade de termos estradas seguras, aeroportos excelentes, mais portos, ótima mobilidade, saneamento básico, segurança no ir e vir, educação e respeito.

Nós queremos que este cenário se transforme. Precisamos de pessoas que possam conduzir essas mudanças. Onde estão os nossos líderes? Queremos pessoas que nos inspirem e que tenham capacidade de influenciar. Que tenham carisma, coerência.

Essa falta de novos líderes no país foi evidenciada durante as manifestações de junho de 2013, quando milhares de pessoas foram às ruas para demonstrar insatisfação com a realidade brasileira. Na época, sociólogos, historiadores e cientistas políticos classificaram as manifestações como "experiência pós-moderna" por não haver uma liderança. Talvez por conta disso, esse mesmo movimento esvaziou-se e não conseguiu alcançar as mudanças desejadas.

É necessário que a sociedade organizada e os poderes constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário, se unam para um grande pacto nacional que ajude a reconstruir o Brasil com uma visão própria do século XXI. Como exemplo de gestão ultrapassada, podemos citar o Senado, onde há 81 senadores e quase 9 mil funcionários, situação que demonstra excesso de gasto público.

Somos celeiro de bons talentos. Não faltam cabeças pensantes. Conhecemos pessoas que têm condições de contribuir mais para transformar o Brasil, mas que se recusam a participar, já que por aqui política é vista de forma negativa. Somos seres políticos e precisamos exercer mais nossa cidadania e o nosso dever cívico. É urgente a necessidade de recuperar a nossa autoestima e o desejo de ver o país se tornar uma nação melhor para todos os brasileiros.

Paulo Baraona é empresário e vice-presidente do Sinduscon-ES

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