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Redução de estoque e de lançamentos devem inflar preço do imóvel em 2018
 
28.11.2017   DCI Online
Notícia - Imprensa
Após um ciclo de reajuste menor que a inflação, decisão das construtoras de frear novos projetos elevará valor do m² ano que vem; em nove meses de 2017 a queda de novas unidades foi de 12,8%

O descompasso entre o lançamento e a venda de apartamentos em 2017 está pressionando o estoque brasileiro de imóveis e pode jogar para cima os preços do metro quadrado em 2018, sobretudo no caso das moradias de três quartos.

A conclusão é da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que apresentou ontem (27) os resultados do setor durante o terceiro trimestre em 22 cidades e regiões metropolitanas do País. Enquanto o número de unidades residenciais verticais vendidas subiu 8,5% (para 21 mil apartamentos), a quantidade de imóveis lançados avançou 4,1% (para 15,5 mil), ampliando a distância entre os indicadores no acumulado do ano. Em nove meses os lançamentos recuaram 12,8% (para 44,9 mil) frente alta de 3,4% nas vendas (62,9 mil imóveis).

"A conjuntura fez que os lançamentos reduzissem após esforço dos empresários para venda das unidades em construção", avaliou o coordenador da Comissão de Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, Celso Luiz Petrucci. Como resultado, o estoque (ou oferta final disponível) de imóveis recuou mais uma vez, fechando setembro em 134,2 mil unidades (queda interanual de 3,4% e de 4% na comparação com o segundo trimestre de 2017).

"Não sabemos quando ou como, mas se continuar reduzindo a oferta final disponível haverá um aumento de preço", afirmou Petrucci. Segundo ele a cidade de São Paulo é uma das praças onde "seguramente" haverá alta, sobretudo em imóveis de médio ou alto padrão. Atualmente o metro quadrado na capital paulista ronda os R$ 9.270, segundo a CBIC; em 2017 os preços na cidade já acumularam alta de 1,2%, de acordo com o Índice Fipe/Zap. Em nível nacional houve queda de 0,56%.

"Estamos tentando alertar que do jeito que a coisa está daqui a pouco alguns imóveis vão explodir de valor", argumentou o presidente da CBIC, José Carlos Martins, em referência às unidades a partir de três dormitórios. "Nos últimos anos lançamos poucos [apartamentos com] três ou quartos dormitórios, e eles estão se escoando", completou Petrucci.

O movimento fica explícito quando analisada a tipologia dos imóveis lançados e contratados ente julho e setembro: mesmo representando 22,3% das vendas no período, as peças de três dormitórios significaram apenas 14,8% dos lançamentos, frente 65,3% para as unidades com dois quartos (que respondem a 60,8% das vendas). Já os imóveis com um quarto foram 16% do total lançado e 12,7% do montante comercializado, segunda a CBIC.

Passo para trás
Apesar da melhora no preço previsto para o ano que vem, quando o assunto é 2017, o cenário ainda é de dificuldades. "Até o segundo trimestre tínhamos a impressão que fecharíamos 2017 melhores que 2016. Agora, considerando o quarto trimestre muito truncado por feriados, acredito que vamos ficar com números muito parecidos", sinalizou Petrucci. Já em São Paulo espera-se alta entre 5% e 10%.

"Não está faltando cliente, mas segurança para ela adquirir imóveis e principalmente crédito", argumentou Martins, condicionando um 2018 melhor à resolução de questões como a capacidade orçamentária da Caixa e um marco regulatório para os distratos.

Até setembro R$ 46 bilhões em recursos do fundo de garantia foram usados em financiamentos imobiliários; a CBIC estima que até o fim do ano eles somem quase R$ 60 bilhões. Já a poupança (que em 2014 financiava três vezes mais que o FGTS) empregou R$ 32,6 bilhões até o mesmo mês, com expectativa de R$ 40 bilhões até dezembro. Segundo a CBIC, o presidente da Caixa Gilberto Occhi garantiu pelo menos R$ 19,5 bilhões em recursos da poupança em 2018, durante encontro realizado na última sexta-feira (24).
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