A indústria da construção permanece com níveis baixos de produção, mas há uma leve sinalização de melhora por parte de alguns indicadores de produção e expectativas. É o que indica a Sondagem Indústria da Construção de maio, divulgada na quarta-feira (26/06) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
De acordo com a pesquisa, é precoce falar em recuperação, mas os números passam a traçar um cenário menos negativo do que se delineava no início deste ano.
Os indicadores de nível de atividade e de número de empregados melhoraram pelo quarto mês consecutivo, traçando um cenário menos negativo do que se havia no começo deste ano. Apesar de estarem abaixo da linha de 50 pontos, ambos estão acima de suas respectivas médias históricas.
Índice de evolução do nível de atividade e do emprego
Índice de difusão (0 a 100 pontos)
*O índice varia de 0 a 100. Valores abaixo de 50 indicam queda do nível de atividade e do emprego.
Os índices de expectativas também apontam para um cenário mais otimistas. Todos os indicadores aumentaram e se encontram acima da linha de 50 pontos, o que sugere um aumento do otimismo para os próximos seis meses.
Nível de atividade
Por outro lado, a ociosidade no setor permanece elevada, abaixo da média histórica. Ademais, o índice intenção de investimento ainda não apresenta reação e sugere que a propensão a investir no setor permanece baixa. Esses dois fatores juntos trazem preocupação em relação à recuperação.
O Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) inverteu sua trajetória de queda e aumentou 1,2 ponto de maio para junho. Registra 57 pontos, indicativo de otimismo. As condições e expectativas referentes à empresa contribuíram mais para a elevação do ICEI do que os referentes à economia.
ICEI-Construção
Série histórica
Índice de difusão (0 a 100 pontos)*
*Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário. Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança.
